Mimesis
Então é Ano Novo. Ou, mais um ano que começa cheio de esperanças e promessas de mudança de vida, ser melhor, fazer o que não foi feito em 2009 e assim vai.
Então é Ano Novo. Em 2009 fiz grandes amigos, muitos colegas. Conheci pessoas que vale a pena lembrar e outras que... deixa pra lá.
Começando agora. Fale para você: Sou importante no que faço. Nasci para vencer. Conquisto aquilo que Deus me dá. E ele sempre me dá o melhor para que eu faça melhor ainda.
Então é Ano Novo. Nada começa de novo. Tudo continua. Continua, continua continua. A diferença é que temos mais uma oportunidade que pode ser até daqui há 5 minutos e como a fumaça que traça seu último fio no ar e extingue-se o fogo que antes havia, assim também a oportunidade de fazer as coisas diferentes.
Há 3 dias observo as formigas vermelhas ou como minha mãe dizia: formiga carregadeira, indo e vindo de sua “casa”. Estou admirado com sua organização. Na terra debaixo da amendoeira, ficam várias formigas de porte médio, andando prá lá e prá cá. Nas árvores, sobem várias formigas mais parrudas que as do chão e começam a cortar o caule das folhas enquanto outras recortam em forma de elipse pedaços de folhas que ao fechar a elipse caem no solo e as menos parrudas com sua boca em forma de pinças reforçadas, levantam sobre sua cabeça e corpo para carregar seguramente e levar para o interior de sua casa. NÃO PARE DE LER! O extraordinário é que estas formigas levantam pedaços de folha que chegam a mais ou menos 300 vezes o seu tamanho, com uma facilidade fascinante. E lá vão elas. 10, 30, 60, 243 formigas cumprindo sua missão: trabalhar agora no calor, estocando comida no verão para depois, no tempo das chuvas - e também chuvas de verão – ter o que comer e alimentar sua tropa. PRESTE ATENÇAO. FALTA POUCO PARA VOCE FAZER OUTRA COISA OU LER OUTRA MATÉRIA.
Lembrei da última aula de literatura portuguesa quando falamos da mimesis e percebi que na vida, somos como estas formigas e principalmente como as folhas.
Somos chamados ou passamos em determinado concurso ou entrevista de emprego. Crescemos onde e no setor que estamos. Atingimos o pico de nossa profissão, vem a tempestade e nos derruba, seja esta tempestade, inveja, intriga, falta de caráter, ciúme por querer e não ter a capacidade de cumprir suas promessas e ser descoberto em sua pequenez e até mesmo incapacidade de assumir sua função como deveria e se apoiar nos outros afim de realizar o seu dever através de outros.
Assim cai a folha, mas lá embaixo, estão as que julgamos mais fracas, ou sem influencia na sociedade, as franzinas nos pegam no colo, nos levantam a moral, e nos carregam nas costas não como peso mas para aliviar a dor da queda. E as franzinas, queimadas do sol, que formigas espetaculares, sem reclamar no levam para dentro de sua casa, ao entrar encontramos tantos outros que estão a mesa num grande e sincero banquete. E que alegria quando entramos em sua residência. Estamos em Belém de Judá, casa do pão! Acolhida, troca de experiência, curativo para o corpo e alívio para a alma.
Neste lugar, nosso Conhecimento Livre, torna-se alimento para todos que lá estão. E somos ao mesmo tempo carregados, alimentos e alimentados por uma realidade que não tínhamos enxergado. Amizade descompromissada.
Nesta mimensis das folhas que caem, me levanto para ver que muito além da posse e do status ainda existe companheirismo e fraternidade.
Então é Ano Novo. Sejamos formigas.
Seja feliz.
AGORA SIM. PODE LER OUTRA COISA.
Gradim, Dois de Janeiro de Dois Mil e Dez.
Chuveirinho.
Então é Ano Novo. Ou, mais um ano que começa cheio de esperanças e promessas de mudança de vida, ser melhor, fazer o que não foi feito em 2009 e assim vai.
Então é Ano Novo. Em 2009 fiz grandes amigos, muitos colegas. Conheci pessoas que vale a pena lembrar e outras que... deixa pra lá.
Começando agora. Fale para você: Sou importante no que faço. Nasci para vencer. Conquisto aquilo que Deus me dá. E ele sempre me dá o melhor para que eu faça melhor ainda.
Então é Ano Novo. Nada começa de novo. Tudo continua. Continua, continua continua. A diferença é que temos mais uma oportunidade que pode ser até daqui há 5 minutos e como a fumaça que traça seu último fio no ar e extingue-se o fogo que antes havia, assim também a oportunidade de fazer as coisas diferentes.
Há 3 dias observo as formigas vermelhas ou como minha mãe dizia: formiga carregadeira, indo e vindo de sua “casa”. Estou admirado com sua organização. Na terra debaixo da amendoeira, ficam várias formigas de porte médio, andando prá lá e prá cá. Nas árvores, sobem várias formigas mais parrudas que as do chão e começam a cortar o caule das folhas enquanto outras recortam em forma de elipse pedaços de folhas que ao fechar a elipse caem no solo e as menos parrudas com sua boca em forma de pinças reforçadas, levantam sobre sua cabeça e corpo para carregar seguramente e levar para o interior de sua casa. NÃO PARE DE LER! O extraordinário é que estas formigas levantam pedaços de folha que chegam a mais ou menos 300 vezes o seu tamanho, com uma facilidade fascinante. E lá vão elas. 10, 30, 60, 243 formigas cumprindo sua missão: trabalhar agora no calor, estocando comida no verão para depois, no tempo das chuvas - e também chuvas de verão – ter o que comer e alimentar sua tropa. PRESTE ATENÇAO. FALTA POUCO PARA VOCE FAZER OUTRA COISA OU LER OUTRA MATÉRIA.
Lembrei da última aula de literatura portuguesa quando falamos da mimesis e percebi que na vida, somos como estas formigas e principalmente como as folhas.
Somos chamados ou passamos em determinado concurso ou entrevista de emprego. Crescemos onde e no setor que estamos. Atingimos o pico de nossa profissão, vem a tempestade e nos derruba, seja esta tempestade, inveja, intriga, falta de caráter, ciúme por querer e não ter a capacidade de cumprir suas promessas e ser descoberto em sua pequenez e até mesmo incapacidade de assumir sua função como deveria e se apoiar nos outros afim de realizar o seu dever através de outros.
Assim cai a folha, mas lá embaixo, estão as que julgamos mais fracas, ou sem influencia na sociedade, as franzinas nos pegam no colo, nos levantam a moral, e nos carregam nas costas não como peso mas para aliviar a dor da queda. E as franzinas, queimadas do sol, que formigas espetaculares, sem reclamar no levam para dentro de sua casa, ao entrar encontramos tantos outros que estão a mesa num grande e sincero banquete. E que alegria quando entramos em sua residência. Estamos em Belém de Judá, casa do pão! Acolhida, troca de experiência, curativo para o corpo e alívio para a alma.
Neste lugar, nosso Conhecimento Livre, torna-se alimento para todos que lá estão. E somos ao mesmo tempo carregados, alimentos e alimentados por uma realidade que não tínhamos enxergado. Amizade descompromissada.
Nesta mimensis das folhas que caem, me levanto para ver que muito além da posse e do status ainda existe companheirismo e fraternidade.
Então é Ano Novo. Sejamos formigas.
Seja feliz.
AGORA SIM. PODE LER OUTRA COISA.
Gradim, Dois de Janeiro de Dois Mil e Dez.
Chuveirinho.
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