O Resto do Mundo surgiu durante uma das aulas do Prof.
Dr. João Batista, que nos apresentou vários
quadros, para que discorrêssemos em verso ou prosa sobre as temáticas
observadas em cada imagem. Optei por versos e tentei transcrever, em signos
linguísticos, todo o meu sentimento ao investigar cada milímetro da tela. Foi
incrível! Na primeira classificação para a apresentação final, fiquei em
terceiro lugar e, entre os trezentos textos avaliados, em décimo quinto.
Que tal? Gostei da ideia…
Aguardo seu
envio...
Desafio você a tentar desenhar a cena de acordo com o relato do poema,
e enviá-la para:
professorcarloshenrique@outlook.com ou WhatsApp: 21 9 9322-9504.
Ouse, crie, materialize a cena!
O resto do mundo
O
que sobra no horizonte?
Apenas
poeiras aos montes
da
humanidade destruída pelo eu.
E,
sobre meus ombros e na minha fronte,
o
fio de esperança que sobreviveu.
Ao
olhar o passado,
fico
admirado com o silêncio
da
luz cândida que tudo consumiu:
A
fome, o dinheiro, as casas,
as
famílias, os pássaros, as asas,
a
Fé, a Esperança,
adulto,
ancião e criança.
Futuro:
presente nas costas
do
Criador, que reconta Sua história,
trazendo,
no corpo suado,
o
que restou do passado
para
refazer a memória.
Não
penso em criança nem em lar.
Não
penso em peso nem em altura.
Nem
em homem nem em mulher.
Não
peso amor nem candura.
Tenho
os pés no chão;
a
corda, nas mãos;
no
lombo, o manto;
na
garganta, o canto;
nas
costas, a esperança.
Em
nada mais penso.
Só,
recomeço.
Lá
dentro, sem critério
nem
escolha,
trago,
na bolha,
o
refuturo, o mistério.
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